domingo, 18 de dezembro de 2011

Boa Noite Brasil



“Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir”

Bom, era pra eu colocar esse post online ontem na hora de embarcar, mas como estou acostumada com rodoviária que é tudo rapidinho nem me toquei que o tempo seria a conta certinha (alma de pobre)

Eu passei por uma temporada intensa de despedidas, foram 15 dias corridos, despedida da faculdade, dos amigos da faculdade, dos amigos de varginha que moram em SP, dos amigos de Varginha que moram espalhados por aí, da família, da Globosat... Mas isso sem a ficha ter caído ainda. E na despedida final de varginha ganhei um book, aí então eu comecei a cair na real.

Bom, enfim chegou o dia mais esperado, o: É HOJE MANOLO. E partimos para SP, rumo ao aeroporto, e quando cheguei aí sim, A FICHA CAIU! Pensei: “É isso mesmo? To indo?”, e segui para a fila do ceck-in (Uma hora na fila) e quando despachei a mala, bateu um sentimento estranho (veja bem, não disse ruim).

Aí minha mãe me deu uma correntinha linda, com a medalha de Nossa Senhora de Fátima, aí meu coraçãozinho frágil já ficou abalado, e pra melhorar meu celular toca, era minha amiga desejando boa viagem, eu aceitei agradeci, e segui para o portão de embarque. Aí to ali fazendo hora com meus pais, meu irmão e a Thais, já com sensação de caroço de azeitona agarrado na goela, quando vem um bando de dispinguelado correndo, e adivinhem só? Eram meus amigos da faculdade, aí me deram um scrapbook, que eu guardei sem ver na mala. (Nessa hora o coração já estava abalado³)

Rolou aquele choro, é claro, mas não foi um choro de tristeza, foi um choro de alegria junto com a saudade que eu sabia que ia sentir. Dei um abraço em cada um, enxuguei a lágrima, respirei fundo, peguei minha mala e fui embora. E aí eu dava aquela olhada por cima do ombro, mas com um sorrisão na cara, e com o peito cheio de orgulho de mim, afinal tava realizando um sonho, e fiz dois pedidos momentâneos: Por favor força superior, não deixe sentar um gordão do meu lado, ou uma criança que chuta cadeira atrás de mim.

Ó mas vou contar um negócio viu, acho que foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, eu deixei do outro lado do portão de embarque (mesmo que por um ano – eu acho) minha família, meus amigos, minha vidinha de universitária em São Paulo, o emprego dos meus sonhos. Mas eu já tinha uma certeza comigo, o que estava por vir seria ótimo.

E só pra finalizar, passei na Polícia Federal/Alfândega antes de embarcar, entreguei o passaporte e o tiozinho fala: Ó, de Varginha? Já viu o E.T? (A gente sai de Varginha, mas Varginha não sai da gente), dei uma risadinha, respondi que já vim sim, e fui toda saltitante para o avião.

P.S=Já estou em terras holandesas, e aqui é tudo lindo. Já estou apaixonada.

P.S²= Prometo que vou maneirar no tamanho do próximo post.



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