terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gringolindo no Brasil


Dia 16 de dezembro retorno à terras tupiniquins e dia 27 de dezembro chega a minha mala extra, um gringo. Poizé, o meu Bem passará férias no Brasil. Eu já o adverti que ele pode nunca mais querer voltar, mas ele resolveu assumir o risco.

Eu já estava feliz por voltar para casa, rever todo mundo e levar uma vida normal, mas depois da notícia que ele tinha comprado o ticket eu preciso confessar que a volta para casa será um pouco menos sofrida.

Estou curiosíssima para saber o que um Holandês desses bem tradicionais, criado a pão de ló vai achar do Brasil, o coitadinho vive reclamando que os trens holandeses estão no horário somente 80% do tempo (e nunca tá cheio, e quase sempre tem wifi), imagina em São Paulo que nem horário tem o transporte público? (Eu sei que um dos programas turísticos será fazer baldeação na Sé às 18h00). Ele é tão holandês que achou estranho quando contei que usamos vassoura para varrer a casa, esquentamos água no fogão/micro-ondas e temos algo chamado tanque para lavar as roupas a mão. Mas já estamos com meio caminho andado, ele é fã de guaraná, caipirinha e açaí.

Mas enfim, e você Brasileiro/Brasileira que acompanham eu Blog? Tem dicas de coisas para eu fazer com o gringo? Deixem nos comentários e eu serei uma pessoa feliz.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Alquimia: Ótima comida e preços deliciosos.


 Como falei no último post encerramos nossa estadia em Paris num restaurante de cozinha francesa, o Chartier, situado em um prédio lindíssimo construído no período da Belle Époque localizado perto da Opera Garnier. Depois de ler essa descrição você deve estar pensando no preço, mas meu camarada, essa é a parte boa do negócio, os preços são super baixos.

O restaurante é citado em vários guias famosos, mas nem só de turistas vive o estabelecimento, muitos parisienses também o frequentam. Anteriormente lemos sobre a fila na entrada, então chegamos com certa antecedência (19h00) e vimos que o restaurante estava cheio, porém sem filas e resolvemos fazer uma hora tomando um vinho no bar vizinho. Quando voltamos (20h30) a fila já estava grande,  estávamos em dois então pulamos várias pessoas. Mas vou te contar um segredo pq a fila para casais é rápida – Você simplesmente divide a mesa com outros casais ou pessoas solitárias. Quando descobri isso logo na hora que sentamos o mau humor tomou conta de mim, não era nada do que eu queria num final de semana romântico em Paris com o Bem, mas logo depois vi que  era uma proposta bacana, o casal ao nosso lado eram dois jovens parisienses, ele já era frequentador antigo do local. Pontos. 

Quando o casal foi embora ficamos imaginando a historia deles, e nossa conclusão foi: Ele já é formado e paga DP em uma turma de primeiro ano na faculdade, cult, interessante e barbudo resolveu aproveitar da situação de estudar em uma turma de mais novos e convidou uma menina para sair, a levou em um bom restaurante que ele pudesse pagar e impressioná-la. A meninas está apaixonada e achando que o interesse do garoto é só por ela e que pode ser o início de uma história de amor, mas ele sendo mulherengo ou melhor dizendo, um cafajeste profissional, já sacou toda a história e em breve irá parar de respondê-la, mas sempre sendo educado para mantê-la na geladeira.

Mas enfim, o local como disse é cheio de glamour e lembra um pouco o café Tortoni em Buenos Aires, mas o serviço lembra muito churrascaria de beira de estrada no Brasil, um salão muito grande e abafado, mesas com toalhas simples e papel para proteger a toalha, dezenas de garçons cruzando todo o espaço com cinco pratos na mão, então se você estiver buscando por um bistrozinho charmoso em Paris, pode tirar seu cavalinho da chuva.

O cardápio é em papel, impresso no dia mesmo eu acho, e com algumas 10 opções de entrada e prato principal (que desde sempre são as mesmas). Nós pedimos terrine e escargots para entrada, pato e steak tartare de prato principal, merengues com chocolate para sobremesa, 2 garrafas de vinho, 2 garrafas de água e pão. E tudo isso nos custou apenas 60 euros para o casal. – (As entradas custam entre 3 e 7 euros, os pratos principais entre 12 e 17)

Recomendo a visita para todo mundo, mas principalmente para nós do bonde das au pairs.
http://www.restaurant-chartier.com/www/visit/filsdesans.php





terça-feira, 20 de novembro de 2012

Paris je t'aime


"Paris tem cheiro de baguette. Mas tem também as ostras do mediterrâneo, os crepes bretões, o foie gras do sudoeste, os queijos de cabra de Savoie. É a terra dos singelos prazeres, como degustar uma tarde de sol e um vinho rosé no terraço de um bar em Montmartre, beliscando escargots. Sim, a vida aqui parece um filme”

Deixo aqui o meu profundo arrependimento por ter deixado Paris para o final, e por fazê-la somente em um final de semana.

Quando contei sobre Berlim ficou claro que fiquei apaixonada pela carga histórica da cidade mas com Paris resolvi fazer algo diferente... Fui musar (musar vem do latim: ser musa, diva) e ser uma boa vivant, viver na bohemia... 

Chegamos em Paris as 7h30 da manhã chapados de dramin e antes de tudo paramos para tomar café: croissant, baguette, marmelada, suco de laranja e café fresquinho e então começamos a nos perder pela cidade. Resolvemos passear no Jardim de Luxemburgo que não tinha muito movimento, Paris ainda dormia naquele momento e aos poucos a cidade foi ganhando vida.

Coitado do Bem
Visitamos Notre Dame, caminhamos a margem do Sena, ponte das artes, colocamos um cadeado com nosso nome na grade da ponte e jogamos a chave no rio.. E depois de muito romantismo o Bem foi abaixar para tirar uma foto minha e rasgou a calça, e assim caminhamos até nosso hotel esbanjando todo o charme que Paris demanda, ele foi obrigado a fazer comprar na cidade (quanta crueldade).

Dando continuidade ao nosso dia fomos almoçar e quando olhamos a hora decretamos que já era vinho hora (mal sabia eu que em Paris, toda hora é hora-vinho, e desce a primeira garrafa.. Com os dentes azulados passeamos pela Ilha de Saint Louis onde fomos tomar sorvete na Berthilon, altamente recomendado e quiçá até melhor que as sorveterias italianas (recomendo os sabores: Caramelo com gengibre, marrom glacê, figo e pera... São de comer ajoelhada).. Continuamos a caminhada e encontramos uma patisserie com um cheiro divino e sem peso na consciência fomos pra segunda sobremesa: pão de gengibre com caramelo e merengue com amêndoas (nesse momento agradeci por não ser Au Pair em Paris, eu estaria com muitos mais kilos extras que já estou). Com a pança cheia Já satisfeitos resolvemos fazer algo calmo e visitar a Shakespeare bookstore, estava um pouco lotada, mas com um moçinho tocando uma música tão suave e delicada no piando que ficamos mais um pouco, e decidimos então que era vinho-hora again e sentamos em um bar à beira do sena....

Às margens do Sena
Resolvemos então ir a um bar Nerd muito bacana e descolado com muito hypester e nerds de verdade (Le dernier bar avant la fin du monde) e de novo decretamos vinho-hora. Resolvemos caminhar ao ar livre e curtir as luzes da cidade e demos de cara com um supermercado, compramos vinho, baguette e queijo de cabra e camembert, água St Pelegrino (somos phynos) e fizemos nossa hora-vinho na beira do Sena – overdose de romantismo e companheirismo. E claro que uma das minhas exigências era ver a torre Eiffel a noite, e La fomos nós, mas acontece que tinha um mercado no caminho e compramos mais vinho e queijos e sobremesas.

“Domingo amanheceu com um tempo chuvoso, mas me animei lembrando-me de ‘‘Midnight in Paris”. O foco desse dia foi o topo da torre Eiffel, é Lindo de viver a vista lá de cima, e com disse minha amiga Jordana: “Se Budapeste é amarela, Paris é Branca.” Comer no Jules Verne era meio inviável, inviável e meio, mas o 58 é uma opção acessível e comemos de sobremesa o crepe da barraquinha em frente a torre que é muito bom.

De lá seguimos para o Arco do Triunfo que impressiona pelo tamanho e pela beleza e caminhamos ao longo de toda a Champs Elysees, que delícia de caminhada, rua cheia, pessoas bonitas, iluminação encantadora, e ainda de quebra ganhamos um presente, estava acontecendo uma feira de natal lá... Comemos muitos macarrons, tomamos vinho quente (sim o famoso quentão, que é super famoso nas barraquinhas parisienses), fomos passear pelas ruas de montmartre e decretamos vinho hora, e terminamos nossa estadia em Paris com um jantar num restaurante bacana que escreverei em breve (pois já me empolguei muito escrevendo sobre Paris) até nos darmos conta da hora e sair correndo para não perder o ônibus para voltar para a Holanda (eu queria muito esconder essa parte, o busão acabou com todo o meu glamour L )

Fui-me que hoje é dia de Jazz no Bebop, e já estou em clima de despedida.

Pequenos Prazeres Amelie Poulain

Hora-vinho

Good Morning Paris

Isso que dá muita hora-vinho

Bolo de gengibre com caramelo

Meia Noite em Paris

Torre Eiffel

Mon amour