terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gringolindo no Brasil


Dia 16 de dezembro retorno à terras tupiniquins e dia 27 de dezembro chega a minha mala extra, um gringo. Poizé, o meu Bem passará férias no Brasil. Eu já o adverti que ele pode nunca mais querer voltar, mas ele resolveu assumir o risco.

Eu já estava feliz por voltar para casa, rever todo mundo e levar uma vida normal, mas depois da notícia que ele tinha comprado o ticket eu preciso confessar que a volta para casa será um pouco menos sofrida.

Estou curiosíssima para saber o que um Holandês desses bem tradicionais, criado a pão de ló vai achar do Brasil, o coitadinho vive reclamando que os trens holandeses estão no horário somente 80% do tempo (e nunca tá cheio, e quase sempre tem wifi), imagina em São Paulo que nem horário tem o transporte público? (Eu sei que um dos programas turísticos será fazer baldeação na Sé às 18h00). Ele é tão holandês que achou estranho quando contei que usamos vassoura para varrer a casa, esquentamos água no fogão/micro-ondas e temos algo chamado tanque para lavar as roupas a mão. Mas já estamos com meio caminho andado, ele é fã de guaraná, caipirinha e açaí.

Mas enfim, e você Brasileiro/Brasileira que acompanham eu Blog? Tem dicas de coisas para eu fazer com o gringo? Deixem nos comentários e eu serei uma pessoa feliz.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Alquimia: Ótima comida e preços deliciosos.


 Como falei no último post encerramos nossa estadia em Paris num restaurante de cozinha francesa, o Chartier, situado em um prédio lindíssimo construído no período da Belle Époque localizado perto da Opera Garnier. Depois de ler essa descrição você deve estar pensando no preço, mas meu camarada, essa é a parte boa do negócio, os preços são super baixos.

O restaurante é citado em vários guias famosos, mas nem só de turistas vive o estabelecimento, muitos parisienses também o frequentam. Anteriormente lemos sobre a fila na entrada, então chegamos com certa antecedência (19h00) e vimos que o restaurante estava cheio, porém sem filas e resolvemos fazer uma hora tomando um vinho no bar vizinho. Quando voltamos (20h30) a fila já estava grande,  estávamos em dois então pulamos várias pessoas. Mas vou te contar um segredo pq a fila para casais é rápida – Você simplesmente divide a mesa com outros casais ou pessoas solitárias. Quando descobri isso logo na hora que sentamos o mau humor tomou conta de mim, não era nada do que eu queria num final de semana romântico em Paris com o Bem, mas logo depois vi que  era uma proposta bacana, o casal ao nosso lado eram dois jovens parisienses, ele já era frequentador antigo do local. Pontos. 

Quando o casal foi embora ficamos imaginando a historia deles, e nossa conclusão foi: Ele já é formado e paga DP em uma turma de primeiro ano na faculdade, cult, interessante e barbudo resolveu aproveitar da situação de estudar em uma turma de mais novos e convidou uma menina para sair, a levou em um bom restaurante que ele pudesse pagar e impressioná-la. A meninas está apaixonada e achando que o interesse do garoto é só por ela e que pode ser o início de uma história de amor, mas ele sendo mulherengo ou melhor dizendo, um cafajeste profissional, já sacou toda a história e em breve irá parar de respondê-la, mas sempre sendo educado para mantê-la na geladeira.

Mas enfim, o local como disse é cheio de glamour e lembra um pouco o café Tortoni em Buenos Aires, mas o serviço lembra muito churrascaria de beira de estrada no Brasil, um salão muito grande e abafado, mesas com toalhas simples e papel para proteger a toalha, dezenas de garçons cruzando todo o espaço com cinco pratos na mão, então se você estiver buscando por um bistrozinho charmoso em Paris, pode tirar seu cavalinho da chuva.

O cardápio é em papel, impresso no dia mesmo eu acho, e com algumas 10 opções de entrada e prato principal (que desde sempre são as mesmas). Nós pedimos terrine e escargots para entrada, pato e steak tartare de prato principal, merengues com chocolate para sobremesa, 2 garrafas de vinho, 2 garrafas de água e pão. E tudo isso nos custou apenas 60 euros para o casal. – (As entradas custam entre 3 e 7 euros, os pratos principais entre 12 e 17)

Recomendo a visita para todo mundo, mas principalmente para nós do bonde das au pairs.
http://www.restaurant-chartier.com/www/visit/filsdesans.php





terça-feira, 20 de novembro de 2012

Paris je t'aime


"Paris tem cheiro de baguette. Mas tem também as ostras do mediterrâneo, os crepes bretões, o foie gras do sudoeste, os queijos de cabra de Savoie. É a terra dos singelos prazeres, como degustar uma tarde de sol e um vinho rosé no terraço de um bar em Montmartre, beliscando escargots. Sim, a vida aqui parece um filme”

Deixo aqui o meu profundo arrependimento por ter deixado Paris para o final, e por fazê-la somente em um final de semana.

Quando contei sobre Berlim ficou claro que fiquei apaixonada pela carga histórica da cidade mas com Paris resolvi fazer algo diferente... Fui musar (musar vem do latim: ser musa, diva) e ser uma boa vivant, viver na bohemia... 

Chegamos em Paris as 7h30 da manhã chapados de dramin e antes de tudo paramos para tomar café: croissant, baguette, marmelada, suco de laranja e café fresquinho e então começamos a nos perder pela cidade. Resolvemos passear no Jardim de Luxemburgo que não tinha muito movimento, Paris ainda dormia naquele momento e aos poucos a cidade foi ganhando vida.

Coitado do Bem
Visitamos Notre Dame, caminhamos a margem do Sena, ponte das artes, colocamos um cadeado com nosso nome na grade da ponte e jogamos a chave no rio.. E depois de muito romantismo o Bem foi abaixar para tirar uma foto minha e rasgou a calça, e assim caminhamos até nosso hotel esbanjando todo o charme que Paris demanda, ele foi obrigado a fazer comprar na cidade (quanta crueldade).

Dando continuidade ao nosso dia fomos almoçar e quando olhamos a hora decretamos que já era vinho hora (mal sabia eu que em Paris, toda hora é hora-vinho, e desce a primeira garrafa.. Com os dentes azulados passeamos pela Ilha de Saint Louis onde fomos tomar sorvete na Berthilon, altamente recomendado e quiçá até melhor que as sorveterias italianas (recomendo os sabores: Caramelo com gengibre, marrom glacê, figo e pera... São de comer ajoelhada).. Continuamos a caminhada e encontramos uma patisserie com um cheiro divino e sem peso na consciência fomos pra segunda sobremesa: pão de gengibre com caramelo e merengue com amêndoas (nesse momento agradeci por não ser Au Pair em Paris, eu estaria com muitos mais kilos extras que já estou). Com a pança cheia Já satisfeitos resolvemos fazer algo calmo e visitar a Shakespeare bookstore, estava um pouco lotada, mas com um moçinho tocando uma música tão suave e delicada no piando que ficamos mais um pouco, e decidimos então que era vinho-hora again e sentamos em um bar à beira do sena....

Às margens do Sena
Resolvemos então ir a um bar Nerd muito bacana e descolado com muito hypester e nerds de verdade (Le dernier bar avant la fin du monde) e de novo decretamos vinho-hora. Resolvemos caminhar ao ar livre e curtir as luzes da cidade e demos de cara com um supermercado, compramos vinho, baguette e queijo de cabra e camembert, água St Pelegrino (somos phynos) e fizemos nossa hora-vinho na beira do Sena – overdose de romantismo e companheirismo. E claro que uma das minhas exigências era ver a torre Eiffel a noite, e La fomos nós, mas acontece que tinha um mercado no caminho e compramos mais vinho e queijos e sobremesas.

“Domingo amanheceu com um tempo chuvoso, mas me animei lembrando-me de ‘‘Midnight in Paris”. O foco desse dia foi o topo da torre Eiffel, é Lindo de viver a vista lá de cima, e com disse minha amiga Jordana: “Se Budapeste é amarela, Paris é Branca.” Comer no Jules Verne era meio inviável, inviável e meio, mas o 58 é uma opção acessível e comemos de sobremesa o crepe da barraquinha em frente a torre que é muito bom.

De lá seguimos para o Arco do Triunfo que impressiona pelo tamanho e pela beleza e caminhamos ao longo de toda a Champs Elysees, que delícia de caminhada, rua cheia, pessoas bonitas, iluminação encantadora, e ainda de quebra ganhamos um presente, estava acontecendo uma feira de natal lá... Comemos muitos macarrons, tomamos vinho quente (sim o famoso quentão, que é super famoso nas barraquinhas parisienses), fomos passear pelas ruas de montmartre e decretamos vinho hora, e terminamos nossa estadia em Paris com um jantar num restaurante bacana que escreverei em breve (pois já me empolguei muito escrevendo sobre Paris) até nos darmos conta da hora e sair correndo para não perder o ônibus para voltar para a Holanda (eu queria muito esconder essa parte, o busão acabou com todo o meu glamour L )

Fui-me que hoje é dia de Jazz no Bebop, e já estou em clima de despedida.

Pequenos Prazeres Amelie Poulain

Hora-vinho

Good Morning Paris

Isso que dá muita hora-vinho

Bolo de gengibre com caramelo

Meia Noite em Paris

Torre Eiffel

Mon amour


domingo, 28 de outubro de 2012

Dancei bonito na blitz holandesa...

Como escrevi em um dos meus primeiros posts aqui no blog, as magrelas são usadas pra tudo a qualquer hora do dia e independente do tempo, não interessa se chove granizo ou se neva eu se o furacão katrina está passando por aqui (ops, sorry, o katrina já está meio démodé né? Melhor dizer Sandy) e tem algumas leis especiais para a magrela como fazer sinais com a mão, andar sempre na mão correta, usar luzes dianteiras e traseiras... E essa última me deu uma dor de cabeça...
Eu pedalava num humor não muito bom, pois estava um frio da #$%¨&, e só com a luz dianteira... até que viro a esquina e me deparo com uma blitz, sim uma blitz para bike e fu%¨& (bem coisa de holandês cheio de frescurite agúda) o Seu polícia me fez sinal para encostar e foi falando holandês comigo, eu já sabia do que se tratava e tentei fazer a linha simpática e soltei logo um “Ik spreek niet Nederlands” mas não colou, ele foi fazendo a linha dura, me fez ir em casa buscar meu passaporte e voltei com uma lanterna amarrada na bike com durex e foi um diálogo mais ou menos assim:

-Mas menina, isso não é uma boa ideia...
-Seu polícia, sei que a ideia não é boa, mas isso é “legal”?
-Até é legal, mas eu não aconselho....
-Poizé, acontece que eu sou au pair e depois dessa multa eu nunca que terei dinheiro pra comprar uma luz direita, me desculpe...

Mas voltamos ao ponto da multa ele me deu uma caprichada, e quando perguntei o valor esperanto uns 30 euros, ele soltou logo 51..  Nessa hora meu coração quase saiu pela boca, meu bolso começou a chorar, e as moedinhas que estavam no bolso quase saíram correndo de medo...  E o pior de tudo é que o seu polícia era quase um deus grego. Fui pra casa choramingando, e pensando como contaria para os meus host e como pagaria a multa...
Mas no final acabou tudo certo, o meu host disse que o policial estava errado de não aceitar minha identidade holandesa e pedir meu passaporte, e que quando chegar a multa em casa ele vai simplesmente rasgar e esquecer... O que me deixou alguns kilos mais leve por saber que não vou precisar usar o dinheiro de Paris e pagar uma multa de 51 euros.

Então você, futura au pair - ou atual -  tome cuidado com suas luzes.... Corre a boca pequena que entre outubro e novembro eles pegam pesado nas blitz...

Ao vivo e sem cores...

Portão do campo com a inscrição: Arbeit Macht Frei 
("o trabalho liberta".)
Esse post será inteirinho dedicado ao campo de concentração de Sachsenhausen, simplesmente a coisa mais emocionante que já vi em toda minha vida de 21 anos.
Localizado nos arredores de Berlim, o acesso foi muito fácil de trem. Cheguei peguei o meu áudio guia, vi a movimentação do lado de fora, saberia que seria emocionante, mas nunca imaginei que seria do modo que foi.
Logo na entrada, painéis contando parte da história, a casa onde os militares passavam por um treinamento para aprender a administrar outros campos da Europa, um museu, e enfim o portão de entrada para o campo, situado na torre A (O relógio da torre marca exatamente 11 horas e 5 minutos, quando se iniciou a “marcha da morte”, momento que os prisioneiros deixaram o campo rumo ao nada em condições precárias, e os que não conseguiam caminhar eram fuzilados).
Ao andar pelo campo tive uma das sensações mais estranhas da minha vida – não, não é exagero – um desolamento e a agonia pairam por lá, parece que até o sol tem vergonha de brilhar, um local sem cores... Percebi isso também olhando os outros turistas que estão por lá, cabisbaixos e com o semblante triste, não se vê pessoas sorrindo ou tirando foto como de costume em locas turísticos. O áudio guia vai contando a história sobre tudo e em alguns momentos tive a sensação de caroço de azeitona agarrado na goela, ao entrar nas cabanas era possível ver as situações precárias em que os prisioneiros viviam, camas amontoadas ou pequenos quartos forrados com um pano para 100 pessoas, banheiros mais precários ainda.
Estação Z
É possível ver também o paredão de fuzilamento, que recebeu o irônico nome de “Estação Z” – O pesadelo se iniciava no momento da entrada pela torre A e terminava na estação Z – vários países colocaram placas em homenagens às suas vítimas.
Os vestígios das câmeras de gás também são visíveis, e em minha opinião a parte que mais impacta – e eu lembrava constantemente do filme “O menino do pijama listrado”.
Na enfermaria é possível ver o local onde eram realizadas as autópsias – que de nada serviam – já que sempre eram declaradas mortes por velhice, pneumonia e outras doenças comuns da época com a finalidade de maquiar os crimes de guerra, e onde eram realizados testes com os prisioneiros ainda vivos.
Quando assisti “O menino do pijama...” pela primeira vez foi pouco antes de pegar o trem da madrugada de Varginha para São Paulo, eu passei a viagem inteira com um sentimento ruim, e acabei de assisti-lo novamente depois da visita, mas acho que foi meio pesado.
Mas enfim, acredito que seja uma visita que todos tenham que fazer e ver de perto as atrocidades cometidas por mero capricho.
Impossível fugir
 
Banheiro
 
Área de banho

Um memorial extremamente alto foi construído atrás da Casa dos Comandantes para deslocar a atenção dos visitantes a um ponto distante das atrocidades ali cometidas. No monumento, triângulos vermelhos simbolizam a bravura dos prisioneiros políticos.


Vestígios da comera de gás


 


sábado, 27 de outubro de 2012

A cidade que lidera meu rank


Eu acabei de chegar de Berlim, me encantei de tal maneira com a cidade que aqui estou escrevendo sobre ela agora – sendo que ainda não contei de Londres, Itália ou Praga...

Eu deixei Berlim para uma das últimas cidades devido a facilidade do transporte para viagens de dois dias (entenda por facilidade: Viagem de ônibus com duração de 11h30min e com passagens de 60 euros).

 
É com prazer que apresento a cidade que está liderando minha lista...
Eu simplesmente me encantei, uma cidade moderna, servida por uma ótima linha de metrô e trem, funcionando a 1000km/h, pessoas ativas 24h por dia, ótimos bares e restaurantes (não que eu tenha frequentado nenhum restaurante haha), e agitada vida noturna... O estilo de vida de lá me fez lembrar São Paulo (e quem me conhece sabe que tenho uma queda feia por Sampa), quiçá o motivo da mina simpatia por Berlim.
Mas não tem como negar, Berlim encanta por sua carga histórica, principalmente para aqueles que gostam da segunda guerra mundial (meu período favorito).  As evidências de que a cidade foi praticamente destruída durante a guerra são visíveis, não por vestígios de destruição, mas por ter sido reconstruída é uma cidade relativamente nova.
Uma das coisas que mais achei interessante é o tamanho do memorial aos Judeus – 2711blocos de concreto - e sua importância, e o estacionamento construído sobre o local da morte de Hitler, para despistar o local e não dar mais atenção do que ele já tem.
O muro também é um ponto que merece uma atenção especial, afinal foi derrubado num passado bem próximo, e muitos dos turistas lembram exatamente desse momento e acompanharam tudo por televisão na época (eu nasci 2 anos depois). Ah e me lembrei bastante de um filme alemão que gosto muito,”Adeus, Lênin!” – Mas uma dica, não vá esperando ver a muralha da China, é apenas um pedaço da parede rs)
E claro não da pra não mencionar as cervejas alemãs, com a opção au pair barata da Pilsner Berliner, e principalmente a Franziskaner e cheguei a pagar 1,50 euros na garrafa (era minha queridinha em São Paulo, mas era artigo de luxo, já que é super cara nos bares paulistanos)

Sobre a culinária eu re-experimentei o chucrute e cheguei à conclusão de que realmente não é algo que agrade meu paladar, mas a parte boa: veio acompanhado de um joelhão de porco que estava simplesmente delicioso (ainda bem que deixei de ser fresca para comer). Comi também o famoso currywurst – salsicha ao curry – que é muito gostosa – corre a boca pequena que o Curry 36 é um dos melhores lugares – e comi também o Doner do Mustafa, Classificado como Nº6 de 4.274 restaurantes em Berlim, é um trailler no meio da calçada e a fila de espera é de uns 20 minutos em média. Para beber me amarrei do club-mate e no bionade (chás gelados) dica que peguei no vivaberlim.com (se você estiver pensando em visitar Berlim, vale a pensar dar uma vasculhada de cabo a rabo nesse site, é “de brasileiro para brasileiro”)
Um beijo e acredito que em breve postarei de novo sobre a parte mais emocionante da viagem, a visita ao campo de concentração.

Memorial
 
Local do suicídio de Hitler

 
Catedral



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fato aleatório sobre minha bike

Tive até que remover algumas teias de aranha desse blog antes de escrever de novo....

 Mas então, a minha magrela já virou minha melhor amiga aqui e faço quase tudo com ela, porém algo estranho aconteceu... Usei a bike para ir pegar umas fotos que deixei para revelar – a loja fica a 3 min. pedalando da minha casa – estacionei a queridinha, entrei na loja, peguei as fotos, comecei a olhar e fui caminhando para casa....

No final do dia meu host viu que tinha uma bike faltando e perguntou se eu sabia de algo, disse que não, pois de manhã não usei a bike... Ele entrou em desespero achando que alguém tinha entrado em casa e roubado a bendita e ficou uma pilha de nervos...

Passou o momento de tensão e ele pediu para eu ir ao supermercado – que fica ao lado da loja de fotos – e eu fui saltitando.. Quando cheguei à praça a primeira bicicleta da fila era igual a minha, fui conferir, e não é que era mesmo a minha?! Voltei pra casa com a bike e o host quase deu pulos de alegria que não tinha sido roubada e o stress passou.

Eu JURO que não menti quando disse que não sabia da bike, eu realmente esqueci que tinha usado a queridinha mais cedo.
Beijos e até quando eu lembrar de escrever... - Quiça ainda escrevo sobre a itália, praga... ou sobre a saudade... ou sobre o fato que eu tenho somente mais dois meses aqui na holandinha e que em breve meu ano laranja terá um fim... Mas veremos...


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sentimento de ser mãe


Olha, eu acredito que o sentimento de au pair é só um pouquinho inho do sentimento de ser mãe de verdade, ser au pair é ser “mãe” somente 4 horas por dia e já é uma tarefa difícil – eu costumo brincar que ser au pair é o melhor metodo contraceptivo que exite – fico imaginando então como é ser mãe 24 horas. (Então um beijo grande pra minha, que é mãe sem aspas 24 horas por dia há 25 anos, e mãe de 3)
Eu já tive todos os sentimentos possíveis, confesso que jogá-los pela janela é um sentimento frequente, mas o sentimento de querer proteger, ou de querer tirar o mal estar deles com o dedo e passar pra gente quando eles estão doentes valem muito mais.
Rola muita coisa de mãe mesmo, e eu repito muita coisa que minha mãe fazia/faz comigo. A que eu mais gosto é quando eles não fecham a porta do armário e eu espero eles subirim para o quarto (3 andares) e chamo pelo nome carinhosamente “Meninos, vocês podem vir aqui um minutinho?”, “O que voce quer Lara?”, “Estou te chamando, então venha aqui por favor e pare de gritar pois não sou surda”, “Ok Lara chegamos, o que vc quer?”, “A porta estava aberta quando vc chegou? Não, então feche” – E isso pode se repetir para mochila jogada no meio da cozinha, roupa espalhada pela sala.
Meu coração se derrete todinho quando eles vem chorar/se proteger no meu colo, ou quando pedem para eu contar uma história, ou até mesmo quando eles querem me dar a mão.... Havíamos combinado que íriamos ver um joo do Ajax eu, o host, o Sam e um amiguinho, mas deu treta com os ingressos e faltou um e claro que a primeira a ser excluída foi a au pair, mas hoje o Sam disse na mesa do jantar que ele prefereria ir comigo do que com o amigo. E o coraçãozinho frágil da gente, como fica?!
Eu posso dizer tranquilamente que apesar de as vezes querer jogá-los da janela eu os amo muuuuuito, e acredito que isso não seja nem 1/5 de amor de mãe de verdade.
Amanhã eu escrevo o fato que despertou meu sentimento materno....
P.S = Mãe, e eu te amo ainda mais depois de ser au pair, e eu JUUURO que vou tentar não deixar a porta do ármario aberta e não deixar meu sapato na jogado no meio da sala quando foir te visitar :D


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

DICA DE OURO



Eu pensei que estava pronta pra contar sobre a Itália, mas cometi um erro fatal, esqueci de dar uma dica muito bacana sobre a cerveja de Santorini.
Sim Santorini tem sua cerveja, e se chama Donkey, a marca foi criada por um Greco, um Sérvio, um inglês e um americano.
São três cervejas diferentes, a Yellow Donkey – mais comum – uma cerveja encorpada na medida certa, a Red Donkey que tem um sabor mais forte e a Crazy Donkey – limitada – que essa sim é uma cerveja muito forte e amarga, gostosa, porém pesada e não consegui beber mais que dois copos.
Infelizmente é uma marca nova – algo perto de 2 anos – e nãocontacom muita publicidade, o que faz com que a marca se esconda perto da Mythos e até a Alfa, mas pode ser encontrada em quase todos os restaurantes.
Vale a pena pedir a sua (A yellow para experimentar) pois é vendida em garrafa pequena (5 euros) enquanto as outras somente em 600ml (16 euros) e depois fazer uma visita ao centro de produção, onde os donos são super simpáticos e adoram receber visitas e elogios, e ainda explicam tudo como funciona a produção das cervejas e nos deixam experimentar, e vc pode comprar as cervejas por preços muitos mais baixos (2,5 a yellow e 5 euros a crazy e red)
P.S= Desculpas pela falta de habilidade ao descrever uma cerveja. Não entendo muito... mas gosto de beber um cadinho...






segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um novo amor em minha vida...

Onde eu parei mesmo?! Ah é, caminho para Santorini...

Aconteceu um pequeno imprevisto para pegarmos o ferry pois o barco saia as 19h00 e nos chegamos La as 19h01 (Ainda bem que eles não são Britânicos) – mas para compensar era super confortável e tinha lugares ao ar livre, o que nos proporcionou uma ótima visão de um por do sol encantador sobre as águas do  Egeu.
E depois de 6 – não difíceis – horas: Cheguemos. Ahhh Santorini, um dos mais famosos destinos para lua de mel, uma das mais bonitas ilhas gregas, uma beleza que supera qualquer fotografia...
Chegamos por lá 01h00 da madrugada, estava tudo escuro, mas já me encantei com o caminho para Fira, é uma subida sem fim, porém linda – E olha que o ferry nem chega do lado das famosas casinhas brancas. Deixamos as coisas no quarto e fomos tomar uma cerveja grega e comer um fast food grego, QUE MARRAVILHA! Era 1h30 da madrugada, a rua estava lotada, o calor com brisa de praia era agradabilíssimo e a alegria já reinava no meu coraçãozinho.
Quando acordamos fomos dar uma volta por Fira, ruas apertadas, pessoas por todo lado, alegria grega logo ao meio dia,  fizemos um brunch no restaurante que tinha perto do hotel, e com vista pro mar e com o estomago cheio fomos correndo alugar um quadricículo – Que já estava nos nossos planos  - Disseram que não era muito confortável pois de norte a sul a ilha de Santorini tem 16km, mas foi a melhor escolha possível... Fácil para conhecer toda a ilha sem ficarmos preso aos horários dos ônibus lotados. Best Idea EVER!! Andando com os cabelos ao vento, parando de praia em praia, me senti em um filme!!

Conhecemos todas as praias, mas a minha preferida foi a Perissa beach, água geladérrima e azulzérrima, como em todas as praias de Santorini era chão de pedrinha, e cadeiras e bons bares a beira da praia... Desculpem-me por falar assim abertamente sobre isso num blog de família, mas eu não consigo manter a língua dentro da boca: Fiz topless – Não me julguem, lá conhecemos umas gringas que me incentivaram, e além do mais estava me sentindo excluída por usar um sutiã de biquíni (Essas europeias falam que nosso biquíni é pequeno, mas e o delas?! Que é grande, mas elas tiram?!)
Fizemos um passeio de barco para o vulcão, vale a pena, é uma bela d’uma caminhada, num calor de rachar, mas a vista é linda, fora a emoção extra de caminhar em um vulcão ativo... Mas no caminho o barco parava para nadarmos na ‘hot springs’ onde a água é morna por causa do vulcão e preciso confessar que essa parte não gostei, uma água marrom que mancha o biquíni, e não me deixa enxergar meu pé – e algumas pessoas aqui sabem da minha terrível aflição de não gostar de nadar onde não vejo meu pé...

E as casinhas brancas então?! É mais bonito ainda do que eu imaginava.... É encantador, é romântico, passa uma energia boa...  E claro, não posso deixar de comentar sobre o por-do-sol, que entendi a fama de ser um dos mais bonitos do planeta, é de deixar qualquer marmanjo babando pelo  por-so-sol em si, mas principalmente pela cor que as casinhas brancas ficam... E tudo isso com restaurantes ótimos e quase todos com vista para o mar, e comida grega para todos os gostos, carnes, saladas, cervejas, vinhos... E o melhor, não achei as coisas caras por lá, achei digno.
Resumindo: Entendo perfeitamente a expressão “Vc tá falando grego, é?”, não quero vê comida grega por um bom tempo, agora Santorini ocupa o primeiro lugar da minha lista, é minha menina dos olhos e eu super recomendo, e valeu a pena deixar todo meu dinheiro lá. Espero sinceramente um dia voltar fazendo um tour maior por outras ilhas levando minha mãe e meu pai comigo.

Beijos e minhas mais sinceras desculpas pelo longo post.
P.S= Se quiser dicas da Grécia, entre em contato, tenho algumas boas J


Mais Ilha Grega,impossível

Vinho com vista pro mar

Pagandode turista

Tá bom, ou quer mais?

Me sentindo em um filme...

Casinhas brancas

Subindo os 600 degraus no lombo do burrinho

So relaxando

Jantando com vista pro mar