Minhas Relações Internacionais: 2.1 todo trabalhado no imprevisto...

Sabe aquele dia que se você comprar um circo o anão cresce?! Poizé, esse foi meu dia 9 de abril.

30 minutos para meia noite eu estava organizando minhas coisas pois era a última noite em Londres e fui pegar minha mala embaixo da cama, quando levanto o lençol adivinha o que eu vejo? Uma baratona preta cascorenta... Eu juro que não sou fresca, mas eu tenho pavor de barata, era hora de dormir e não dava pra fazer nada, abstrai e me enrolei ao máximo no edredom pra não dar nenhuma brechinha pra maldita.

Quando deu meia noite a Duda e a Indila pularam em mim e me deram um super Feliz Aniversario e acabei esquecendo a cascorentinha e dormi até acordar 4:30 da manhã passando mal, levantei e fui jogar uma água no rosto, respirar um ar fresco (se é que era possível naquele hostel) e quando volto pra minha cama vejo outra barata, dessa vez era uma marrom de tamanho médio mais nojenta ainda... Aí não teve jeito, arrumei uma coragem lá do fundo e dei uma chinelada na maldita e dormi.Como era dia de ir embora a Indila me acordou olhando pro chão, tinha outra barata andando, marrom, tamanho grande... Levantei, pulei da cama e fui pro corredor, e dou de cara com outra barata meio zonza com as perninhas pra cima. Ai eu soltei um “Pultaquilpariu” daqueles bem sonoros e fui pegar minhas coisas pra picar minha mula de lá... quando fui pegar meu celular, cadê?! Roubaram meu celular –aliás, celular dos host que eu uso, e quer sentir mais dó de mim ainda? Era um Iphone... (Alegria de Pobre dura pouco) Levaram o celular, o carregador e o adaptador da Indila. Juntamos tudo e quando saímos do hostel: tcharan, tava chovendo sem parar... Andamos na chuva para pegar o ônibus com mala, piriquito, papagaio, violão, sacola de papel. O ônibus não parou tão perto da rodoviária, andamos mais uns 15 minutinhos, e como estava com uma sacola de papel e estava chovendo a minha sacola rasgou e tive que carregar no braço. Nisso eu e a Indila já estávamos tendo ataque de riso, daqueles de doer o abdômen.

Entramos no ônibus e pensamos “Agora estamos a salvo”, saímos exatamente as 9 da manha – entendi o pontualidade britânica – e ai pensei que a maré de azar tinha ido embora... Mas não... O motorista bateu o ônibus na saída da rodoviária e teve que voltar, achei que precisaríamos trocar de ônibus, mas parece que não tinha outro, e aí qual a solução que eles acharam?! Tcharam, colaram tudo com aquelas fitas prateadas sabem?! Silver tape... Aí eu não acreditei e chorava de tanto rir dentro do ônibus, coloquei o dramin pra dentro... Achei que dormiria mas tinham 2 pentelhos no banco de traz que não paravam de chutar o banco e falar, eles falavam Ingles, Holandes e mais uma língua que era a mistura de árabe, russo mais a língua do Hopi Hari.

Mas enfim, dormi, fizemos lanchinho, tivemos momento nostalgia lembrando dos anos 90 dentro do ônibus e depois de 10 horas cheguei na Holandinha sã e salva.

Já na Holanda ganhei um super mega coelho de chocolate de presente do meu holandesinho fofo, sai pra tomar uma cervejinha com amigas Brasileiras, cheguei em casa e ganhei uma caixa de chocolate com uma cartinha todalinda da amiguinha do meu menino mais novo, a minha host vó – uma fofa- já tinha limpado a cozinha, e eu não fiz nada o dia todo.

Meu nome é Lara e esse foi meu primeiro post com 21 anos direto da Holanda com fatos britânicos pra você que acompanha meu ano laranja.