quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

As coisas mais importantes da vida não são as coisas...

...E agora José?

Sabemos que não vamos viver para sempre e quem está ao nosso redor também não. Mas, acho que isso não significa que andamos por aí preparados para a morte, né?!

Ainda mais quando esse alguém é um Pai emprestado que me adotou e cuidou de mim desde o meu primeiro dia em SP, sem nem saber quem eu era. Me buscava na faculdade, me deixava na porta de casa e só saía com o carro no momento em que eu entrava e fechava o portão. Que em dia de semana nos chamava pra tomar uma cervejinha, comer um petisco, e confundir sal com açúcar na hora de temperar a calabresa. E ele era muito parecido com meu Pai de verdade, parecidíssimo com o seu Marcão em quase tudo... e ainda por cima compartilhávamos o dia do nosso aniversário. Doce 9 de abril!

Ele era uma pessoa muito querida e tinha não só muitos amigos, mas grandes amigos que foram cativados pela sua capacidade de amar que tendia ao infinito. E entre todas as mensagens em seu facebook eu achei uma que me fez gargalhar e concordar em grau, gênero e numero: “Gente, estou aqui pensando em como ele nos contaria a maneira como se encontrou com o Senhor. Com certeza daríamos muita risada com sua narrativa cheia de detalhes e trapalhadas. No mínimo o Braz confundiu Pedro com Cristo e achou que o anjo era algum ex-aluno do Estado...rs.”

Mas acho que a morte é assim mesmo, com ela não tem meio termo, nem jogo de cintura. Ela chega chegando e sem pedir licença. Logo eu, que nunca soube lidar com isso e ganhei da minha mãe aos 8 anos o livro “Como os dinossauros lidam com a morte”. Mas agora aos 22 os livros de dinossauro parecem muito infantis, e aí minha mãe me disse:  (...) “ a morte é uma presença a ser incluída, admitida, consentida. (...) O consentimento dado pelo sujeito à morte pode ter para ele o efeito libertário. (...) Temos que acreditar nela – é uma crença –, e é isso que nos dá o alívio necessário a encarar cada novo dia, pela manhã. (...) a suspensão da crença na morte, isso enlouquece. Creiamos, pois, nela”  Para que possamos viver melhor. Viva la Vida!!!

Braz, deixo aqui o meu carinho, admiração, respeito e amizade por vc. E espero sinceramente não ter cometido nenhum erro de português nesse post para que você não puxe minha orelha. Só tenho a agradecer por nossos caminhos terem se cruzado e por ter conhecido a Carolina,  que é uma irmã para mim em São Paulo. Você falou em 2009 que sentia que a nossa amizade seria duradoura, e cá estamos nós: Amigas, publicitárias formadas, quase adultas, e... inventando as mesmas modas de sempre. E claro,  morrendo de saudades de você.

 Viver no coração dos que ficam não é morrer. Então: Viva la Vida!

Um dos jantares pós aula.

Março/2009. Início da Irmandade.

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